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ELEMENTOS BÁSICOS DE UM
BANCO DE DADOS
Um Banco de dados pode ser conceituado de diversas formas de
acordo com o fim a que se destina e a natureza que apresenta. Pode-se
dizer que se trata de um conjunto organizado de informações que
possuem características em comum, conjunto de registros,
conjunto de tabelas relacionadas entre si, etc.
Necessariamente um banco de dados não precisa ser digital, pois
dados também podem ser organizados de forma manuscrita. No entanto,
a organização de dados em um banco digital pode acelerar o processo
de pesquisa e manipulação desses dados, motivo pelo qual o
computador caiu feito uma luva para tal fim. Quando organizado
digitalmente, um banco de dados apresenta alguns elementos básicos
que caracterizam sua estrutura funcional, dentre os quais,
destacam-se:
Sistemas FILE-SERVER;
Sistemas DATABASE-SERVER;
Sistemas WEB-SERVER;
SGBD;
Tabela de dados;
Banco de Dados Relacional;
Entidades;
Conjuntos de Entidades;
Coleção de Conjuntos de Entidades;
Registros, tuplas ou linhas;
Campos ou atributos;
Chave primária;
Chave estrangeira.
FILE-SERVER: termo que designa servidor de arquivo,
serviço no qual os bancos de dados são
organizados/centralizados em arquivos e gerenciados por meio de
aplicativos externos desenvolvidos em alguma linguagem de
programação, podendo os dados ser acessados em rede mediante
instalação de módulos dos aplicativos nos terminais da rede. Tal
serviço é comum em linguagens de programação como COBOL, CLIPPER,
PASCAL, C, etc. O grande inconveniente deste tipo de serviço é a
lentidão no processamento de dados pela rede que ele apresenta a
medida em que os arquivos de dados vão ficando grandes, pois, neste
tipo de sistema, os dados são enviados pela rede e processados no
terminal, o que acaba invibializando o seu uso multiusuário.
DATABASE-SERVER: termo que designa servidor de banco de
dados, serviço no qual os dados são organizados/centralizados
com maior engenhosidade, de forma mais sofisticada, em arquivos ou
pastas gerenciados por um IDE, dispositivo eletrônico integrado
ao banco de dados que o torna independente de aplicativos externos.
Para atendimento de necessidades específicas, neste tipo de serviço
também podem ser criados aplicativos externos utilizando-se alguma
linguagem de programação, neste caso, os aplicativos se comunicam
com o banco pelo IDE, não existindo aqui o inconveniente da lentidão
no processamento de dados pela rede, pois todo processamento é
realizado no servidor, sendo enviado para os terminais apenas a
informação que cada usuário solicitou, ideal para uso
multiusuário.
WEB-SERVER: termo que designa servidor Web ou servidor
de Internet, serviço que organiza, centraliza e disponibiliza
diversos recursos que podem ser acessados pela Internet por meio de
um Browser. Este tipo de servidor pode ser usado tanto como servidor
de arquivos quanto servidor de banco de dados, pois nele
as informações podem ficar gravadas em arquivos texto ou banco de
dados gerenciado por um IDE, sendo os dados processados no servidor e
enviado para cada usuário apenas informações solicitadas,
independente da forma de armazenamento, o que também o torna
perfeito para uso multiusuário.
SGBD: significa Sistema
Gerenciador de Banco de Dados. Consiste em um software utilizado para
criar e proporcionar a manutenção de bancos de dados, que
também podem ser referenciados como bases de dados ou tabelas
de dados, no caso dos BANCOS DE DADOS RELACIONAIS.
REGISTRO: conjunto de campos de uma determinada entidade;
CAMPO: cada dado sobre um determinada entidade. Exemplo:
nome, endereço, cep, etc.
ENDITADE: qualquer objeto distinguível de outros objetos
por pelo menos uma característica que lhe seja peculiar. Exemplo:
cada aluno de uma escola pode ser visto como uma entidade, pois cada
um apresenta pelo menos uma característica que o distingue dos
demais como: RG, número de matrícula, etc. Sendo assim, pode-se
utilizar um SGBD para criar uma tabela de dados que poderia se chamar
ALUNOS para registros (cadastramento) de todos os
alunos da escola.
CONJUNTO DE ENTIDADES: agrupamento de entidades que possuem
características em comum. A tabela de dados ALUNOS, por
exemplo pode ser vista como sendo o CONJUNTO DE ENTIDADES ALUNOS,
pois todas as entidades registradas nesse grupo possuem
características em comum como: série, turma, número de chamada,
etc.
COLEÇÃO DE CONJUNTOS DE ENTIDADES: agrupamento de todos
os conjuntos de entidades que podem ter relação entre si. Um Banco
de dados Relacional, por exemplo, é uma coleção de conjuntos de
entidades.
BANCO DE DADOS RELACIONAL:
conjunto de tabelas de
dados relacionadas entre si, geradas por um
SGBDs. Não se trata de um
simples arquivo de dados que
contém um conjunto de registros organizados
linha a linha, pois um arquivo de dados necessita de um aplicativo
feito em alguma linguagem de programação para gerenciá-lo.
Um banco de dados relacional
é arquivo ou pasta que
recebe um tratamento especial, criado com o objetivo de organizar e
relacionar um conjunto de tabelas de dados.
TABELA: conjunto de
tuplas ou linhas contendo atributos de uma entidade.
TUPLA ou REGISTRO: cada
linha de uma tabela em um banco de dados relacional.
ATRIBUTO: denominação
dada a cada coluna de uma linha em um Banco de Dados Relacional,
também conhecido como campo.
CHAVE PRIMÁRIA: campo
ou atributo que distingue um registro ou linha de forma inequívoca.
Na criação de um tabela de dados, deve ser definida uma chave
primária, que será o campo utilizado para fazer a identificação
inequívoca de cada registro ou linha contidos nesta tabela. Só
poderá ser candidato a chave primária o campo que em hipótese
alguma puder aparecer mais de uma vez na tabela. Por
padrão, costuma-se definir como chave primária um campo
código, primeiro campo
de cada linha ou registro, que sofre incrementação de 1 a N
a medida em que novos registros ou linhas vão sendo incluídos na
tabela de dados de forma que seu
valor nunca se repete.
As primeiras colunas de cada tabela abaixo são exemplos de chaves
primárias.
CHAVE ESTRANGEIRA: campo
utilizado para relacionar linhas de uma tabela com linhas de outras
tabelas, estabelecendo desta forma relações entre diferentes
tabelas de dados. A chave primária de uma linha pertencente a uma
tabela informada em uma linha de outra tabela, passa a ser chave
estrangeira desta outra tabela, sendo
que seu valor pode se
repetir várias vezes. Na última coluna da segunda tabela
abaixo, tem-se exemplos de chaves estrangeiras.
EXEMPLOS DE TABELAS DE
DADOS
CIDADES
CODIGO
|
NOME
|
UF
|
1
|
CURITIBA
|
PR
|
2
|
SÃO PAULO
|
SP
|
3
|
RIO DE JANEIRO
|
RJ
|
ALUNOS
CODIGO
|
NOME
|
CPF
|
ENDERECO
|
FONE
|
CIDADE
|
1
|
JOSE
|
.
|
AV BRASIL
|
.
|
2
|
2
|
MARIA
|
.
|
R. NATAL
|
.
|
3
|
3
|
JOAO
|
.
|
AV. RIO
|
.
|
1
|
As linhas das tabelas acima são registros ou tuplas de entidades,
e as colunas, campos ou atributos dessas entidades. Como as duas
tabelas estão relacionadas por códigos, podem ser vistas como
exemplo de um BANCO DE DADOS RELACIONAL, que consiste em um conjunto
de tabelas relacionadas entre si, uma COLEÇÃO DE CONJUNTOS DE
ENTIDADES. Tal relacionamento já existia antes do surgimento dos
BANCOS DE DADOS RELACIONAIS, a diferença é que antes os
relacionamentos entre as bases de dados era feito por meio de
aplicativos, ou seja, para relacionar as bases de dados, era criado
algum programa, utilizando-se uma linguagem de programação, e este
programa é que relacionava os arquivos de dados. Essa é a grande
diferença entre um BANCO DE DADOS RELACIONAL e um BANCO DE DADOS
SIMPLES, o BANCO DE DADOS RELACIONAL tem vida própria é
auto-sustentável, pois o seu SGBD possui uma alta gama de recursos
que o torna independente de aplicativos.
QUESTÕES
01)
Qual a diferença entre sistemas FILE-SERVER E
DATABASE-SERVER?
02)
Qual a diferença entre chave primária e chave
estrangeira?
03)
O que é e para que serve um SGBD?
04)
Qual a diferença entre um banco de dados relacional e um
arquivo de dados?
05)
Quais as vantagens de um WEB-SERVER em relação a
FILE-SERVER E DATABASE-SERVER?
Artigo redigido em Julho de 2009.
Atualizado em 23/02/2017
Autor: PROF. RONI MÁRCIO FAIS
Formação:
Bacharel em Ciência da Computação e Especialista em Administração,
Supervisão e Orientação Educacional. Professor de cursos técnicos
profissionalizantes do Estado do Paraná.
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